Você já percebeu seu cão mais cansado que o normal, com queda de pelos excessiva ou até mesmo ganhando peso sem motivo aparente?
Esses podem ser sinais do hipotireoidismo canino, uma condição hormonal que afeta a produção de hormônios da tireoide e pode impactar diretamente a saúde e a qualidade de vida do seu pet. Embora seja uma doença comum em cães de médio e grande porte, muitos tutores demoram a perceber os sintomas, pois eles podem surgir de forma gradual.
Se você quer entender melhor essa condição, seus sintomas, causas e formas de tratamento, este artigo vai te ajudar!
Hipotireoidismo em Cães: O Que É e Quais São as Principais Causas?
O hipotireoidismo em cães é uma condição causada pela produção insuficiente de hormônios da tireoide, glândula responsável pelo controle do metabolismo.
Quando essa produção é reduzida, diversas funções do organismo começam a desacelerar, afetando a energia, o peso, a pele e até o comportamento do cão.
A doença é mais comum em cães de médio e grande porte, especialmente em raças como Golden Retriever, Labrador, Boxer, Dobermann e Cocker Spaniel, geralmente aparecendo entre os 4 e 10 anos de idade.
A principal causa do hipotireoidismo canino é a tireoidite linfocítica, uma doença autoimune em que o próprio sistema imunológico ataca a glândula tireoide, destruindo suas células ao longo do tempo.
Outra causa comum é a atrofia idiopática da tireoide, quando a glândula simplesmente perde sua função sem um motivo aparente. Ambas as condições reduzem a produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), essenciais para o metabolismo.
Embora mais raramente, o hipotireoidismo também pode ser causado por fatores secundários, como tumores na glândula tireoide ou distúrbios da hipófise, órgão que regula a produção dos hormônios tireoidianos.
Independentemente da causa, o diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento e garantir que o cão tenha uma vida saudável e equilibrada.
Sintomas do Hipotireoidismo Canino
O hipotireoidismo em cães é uma doença que se desenvolve de forma lenta e silenciosa, o que pode fazer com que muitos tutores não percebam os primeiros sinais.
Como a tireoide é responsável por regular o metabolismo, quando sua função é reduzida, o corpo do cão começa a operar de maneira mais lenta, afetando a energia, o peso, a pele e até o comportamento do animal.
Mas como saber se o seu pet pode estar com hipotireoidismo?
Os sintomas mais comuns incluem:
- Letargia e cansaço excessivo – o cão parece mais preguiçoso, dorme mais e se cansa rapidamente.
- Ganho de peso sem aumento de apetite – mesmo comendo a mesma quantidade de ração, o cão pode engordar.
- Queda excessiva de pelos e falhas na pelagem – os pelos ficam mais ralos, principalmente na cauda e nas laterais do corpo.
- Pele seca, descamativa ou com infecções frequentes – alguns cães desenvolvem pele escurecida (hiperpigmentação) e mais sensível a infecções.
- Intolerância ao frio – o cão sente mais frio do que o normal e busca lugares quentinhos para se deitar.
Além desses sinais mais evidentes, alguns cães podem apresentar problemas neurológicos, como falta de coordenação e fraqueza nas patas.
Em casos mais raros, o hipotireoidismo pode afetar o sistema reprodutivo, levando à infertilidade em fêmeas e à redução da libido em machos.
Se você notar um ou mais desses sintomas no seu cão, é fundamental levá-lo ao veterinário para uma avaliação detalhada.
O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, como a dosagem dos hormônios T4 e TSH, que indicam se a tireoide está funcionando corretamente.
Quanto mais cedo a doença for identificada, mais rápido o tratamento pode ser iniciado, garantindo mais qualidade de vida ao seu pet.
Tratamento do Hipotireoidismo em Cães
O hipotireoidismo em cães não tem cura, mas com o tratamento adequado, seu pet pode levar uma vida longa, saudável e cheia de energia.
O objetivo principal do tratamento é repor os hormônios que a tireoide não consegue mais produzir, normalizando o metabolismo do cão e eliminando os sintomas da doença. A boa notícia é que, com o acompanhamento veterinário correto, a maioria dos cães responde muito bem à terapia e volta a ter disposição e bem-estar.
O tratamento padrão consiste na administração diária de levotiroxina sódica, um medicamento que substitui o hormônio tireoidiano T4. A dosagem deve ser ajustada individualmente para cada cão, levando em consideração fatores como peso, idade e gravidade da doença.
Nos primeiros meses, o veterinário realizará exames periódicos para monitorar os níveis hormonais e garantir que o medicamento esteja funcionando corretamente. É fundamental seguir a recomendação do profissional e não interromper o tratamento por conta própria.
Além da medicação, alguns cuidados podem contribuir para o bem-estar do seu pet. Uma alimentação balanceada, rica em nutrientes essenciais, ajuda a manter a saúde da pele, dos pelos e do metabolismo.
Exercícios leves e regulares são importantes para evitar ganho de peso e melhorar a disposição do cão. Em poucas semanas após o início do tratamento, muitos tutores já percebem mudanças positivas no comportamento, na energia e na aparência do animal.
Com dedicação e acompanhamento veterinário, um cão com hipotireoidismo pode viver muitos anos com qualidade de vida. Se seu pet foi diagnosticado com essa condição, saiba que, com os cuidados certos, ele pode continuar sendo seu companheiro ativo e feliz!
Conclusão
O hipotireoidismo em cães pode parecer uma condição preocupante à primeira vista, mas com o diagnóstico correto e o tratamento adequado, seu pet pode ter uma vida saudável e equilibrada.
Com a reposição hormonal correta e alguns cuidados no dia a dia, como alimentação balanceada, exercícios moderados e acompanhamento veterinário regular, a maioria dos cães responde muito bem ao tratamento e volta a ter energia e disposição.
O mais importante é garantir que seu amigo receba os cuidados necessários para viver com qualidade e conforto.